2004/12/22

Breve pausa na Linha de Rumo...

...porque a Sara chegou de Pisa na segunda à noite e com isso as minhas próximas duas semanas serão dedicadas a matar saudades e recuperar o tempo "perdido"!

Assim, nestes próximos dias não garanto que escreva muito (ou mesmo alguma coisa...) pelo que. provavelmente, mais Linha's de Rumo só em 2005.

A todos os meus votos de um Santo e Feliz Natal e de um Bom Ano de 2005.

2004/12/18

Frases para reflectir (I)

"Os centros históricos defendem-se melhorando as periferias"

O "pai" do urbanismo em Portugal, Nuno Portas, deu uma conferência num colóquio sobre a qualidade de vida, no Porto, onde deu este conselho ao presidente da Câmara Municipal do Porto.

Muito bem dito, mas pergunto-me eu: será que isso está a ser feito em Guimarães e será que o PDM ("filho" de Nuno Portas) está estratégicamente assim executado? E o novo PDM que já deveria estar em vigor, alinhará neste pensamento ou irá atrás da famosa ideia da cidade dos 100 mil habitantes?

2004/12/16

Linha de Rumo n.º 66 - VIA verde para o emprego e requalificação industrial

No segundo trimestre deste ano o PSD de Guimarães dedicou um mês ao tema do emprego e – como habitualmente faz nestes meses temáticos – ouviu a sociedade civil, os empresários, os sindicatos, a Universidade do Minho, a ACIG e muitas outras pessoas que quiseram partilhar com o PSD as suas preocupações, anseios e ideias.
Decorreu deste mês a percepção que se o desemprego é o principal problema de Guimarães que deveria competir também à CM Guimarães actuar como dinamizadora de soluções que visassem combater esse flagelo. Como sempre, o buraco da avestruz que está em Santa Clara funcionou melhor que a apreciação do problema.
Mas nós gostamos mais de concretizar com acções aquilo que preconizamos e, em conjunto com a Distrital do PSD, estudamos as causas desta situação, os números, estatísticas e estudos sobre a industria e o emprego, em particular nesta região e foi assim elaborado o programa Valor e Iniciativa Ave (VIA) que pretendeu dar resposta em 3 campos diferentes ao problema do emprego.
Um campo é a modernização da industria, a valorização do emprego e da imagem da região através da criação de mecanismos que permitam uma forte aposta na imagem, o desenvolvimento de novos produtos de inovação tecnológica em colaboração com os centros de saberes existentes na região ou a promoção da qualidade do emprego.
Outro campo de actuação é a procura da diversificação da actividade produtiva e de novos investimentos, apoiando quer o aparecimento de industrias diferentes das tradicionais (o têxtil, vestuário e calçado) quer as iniciativas da imensa juventude da região, muita acabada de sair da Universidade do Minho, maior investimento na formação profissional e aposta nas áreas do comércio, turismo e actividades económicas. Para além disso, seria fundamental realizar investimentos de grande vulto que fizessem “mexer” toda a região, como a execução de um metro ligeiro de superfície que ligasse os principais pólos urbanos da região (Guimarães, Famalicão, Braga e Barcelos) e um quadro fiscal apelativo e atractivo de novos investimentos.
Por fim, o terceiro campo de actuação deveria centrar-se no apoio social. O PSD não se esquece que é um partido onde a componente social-democrata é muito forte, faz parte da sua história, ideário e até do logótipo. Assim, o apoio à criação de novos postos de trabalho, a compensação salarial por mudar de emprego para uma diferente actividade das tradicionais quando isso significar um abaixamento salarial ou a majoração do subsidio de desemprego em famílias com filhos em idade escolar são algumas das medidas previstas para facilitar a reinserção no mercado de trabalho e para dignificar o desempregado.
O VIA não é a panaceia para todos os males que a nossa região e o nosso concelho padecem e virão a padecer mais ainda num futuro não muito longínquo com a liberalização dos mercados internacionais e a nossa cultura “mono-industrial” largamente baseada nos têxteis e vestuário. Mas é uma forma de demonstrar que as soluções não precisam de vir apenas e só do “pai-estado” a quem recorremos constantemente a pedir subsídios que não visam resolver o âmago da doença mas antes ser um paliativo à dor!
Isto é um exemplo claro da forma diferente do PSD de Guimarães em fazer política. Perante a adversidade, não reagimos; agimos! Perante os nossos companheiros de partido em lugares de decisão não fazemos o elogio fácil, propomos medidas para melhorar o desempenho governativo, para melhorar a região e para melhorar o país. Somos pró-activos e não reactivos e expectantes que os outros venham resolver aquilo que está, também, nas nossas mãos começarmos a tratar.
Sabemos que a iniciativa é uma qualidade das gentes de Guimarães. Sabemos que a juventude da sua população é uma vantagem perante muito país desertificado. Sabemos que estamos no centro do “velho” Entre-Douro e Minho que nos coloca quase tão perto da Galiza como do Porto e de Viseu. Partindo de estes, entre outros, pressupostos, o VIA nasceu e deverá ser apadrinhado e posto em execução pelo Ministro das Actividades Económicas e do Trabalho, Eng. Álvaro Barreto, mesmo apesar de toda a trapalhada promovida pelo Presidente da República nestas últimas semanas com a dissolução do Parlamento e do Governo de gestão.

A equipa ideal da UEFA

Já está em votação no site da UEFA a possibilidade de escolher diversos portugueses para a equipa do ano.



Como é logico, votei em todos menos em dois, por impossibilidade de votar em dois para a mesma posição (Paulo Ferreira e Miguel e Figo e Cristiano Ronaldo).

Assim, a minha equipa foi:
Guarda-redes: V. Baia
Defesa direito: P. Ferreira
Defesa esquerdo: P. Evra
Defesas centrais: Ricardo Carvalho e Jorge Andrade
Médio direito: Cristiano Ronaldo
Médio esquerdo: J. Rothen
Médio centro: Maniche
Médio ofensivo: Deco
Atacantes: Van Nistelrooy e Morientes
Treinador: José Mourinho

De referir que outros jogadores no nosso campeonato também foram escolhidos, mas mais pelo que fizeram no Euro2004 do que pelo que fizeram por cá: Fyssas foi pouco mais que regular e Seitaridis ainda agora chegou.
Foi, sem margem para dúvidas, um bom ano para o futebol português: 9 jogadores portugueses mais 2 jogadores gregos a jogarem em clubes portugueses e um treinador português! É o reflexo do 2º lugar no Euro2004 e do titulo de Campeão Europeu e Intercontinental do FC Porto...

2004/12/14

Plenário do PSD em Guimarães

Hoje à noite vai reunir-se em Assembleia Plenário o PSD de Guimarães, principalmente para discutir a actual situação política.
A semana passada decidimos que em virtude dos acontecimentos seria interessante reunir o Plenário e uma vez que os estatutos permitem a sua convocação com apenas 8 dias de antecedência, assim o fizemos, meio de urgência.

E acertamos no dia em cheio, visto que daquia a alguns minuotos o PSD e o PP, numa conferência de imprensa conjunta deverão anunciar como irão concorrer às eleições.
A fazer fé no noticiário da RTP e da TSF, deverão concorrer sozinhos mas com um programa eleitoral comum, havendo um acordo pré-eleitoral de governação mas listas e campanha eleitoral separada.

Sinceramente, se esta for a decisão, é a segunda vez que concordo com uma medida partidária do meu presidente Pedro Santana Lopes (a primeira foi a escolha de António Mexia para escrever o programa eleitoral). Acho que esta é a situação ideal. Listas e campanha separada, programa comum nos seus pontos fulcrais. Evita o ataque ao outro partido, deixa desde já claro que em caso de vitória a governação será conjunta. Exactamente o contrário do PS, que anda a namorar a coligação de partidos e associações políticas não democráticas de extrema esquerda agrupadas no BE e prepara-se - como está evidente de ver - para promover Francisco Louçã e seus amigos caviar-chique a ministros em caso de vitória sem maioria...

2004/12/13

Sismo... político?

Pelo visto, o terramoto político com epicentro em Belém teve uma réplica ao largo de Sagres hoje à tarde, e foi sentido um pouco por todo o país, tal como o primeiro sismo político há quase duas semanas atrás.

Eu senti ambos: aquele provocado pelo Presidente da República e o de hoje à tarde...

2004/12/12

FC Porto 8 x Once Caldas 7 (após prolongamento e grandes penalidades)

Para mais tarde recordar, fica aqui a ficha do jogo e principais momentos.

FICHA DO JOGO:
EQUIPAS
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai). Árbitros Assistentes: Amelio Andino e Winston Réategui (Uruguai).
FC PORTO: Vítor Baía (103', Nuno), Seitaridis, Jorge Costa, Pedro Emanuel, Ricardo Costa, Costinha, Diego (EXPULSO), Maniche, Luís Fabiano (79', Quaresma), McCarthy e Derlei (68', Carlos Alberto).
ONCE CALDAS: Henao, Miguel Rojas, Samuel Vanegas, Cambindo (46', Cataño), Edwin Garcia, Velasquez, Viafára, Diego Arengo (61', Jefrey Diaz), Fabbro, Soto (96', Alcazar) e De Nigris.

FILME DO JOGO (1ª Parte):
1’ – Início do jogo.
3' - Remate frouxo de Maniche, com a bola a sair ao lado da baliza do Once Caldas.
7' - McCarthy remata à boca da baliza do Once Caldas, na sequência de um livre marcado do lado esquerdo do ataque do FC Porto e introduz a bola na baliza, mas o árbitro não valida o golo considerando fora de jogo.
14'- Remate de Maniche de longe, sem perigo para a baliza do Once Caldas.
18'- Luís Fabiano remata e a bola bate na barra da baliza do Once Caldas.
23'- Cruzamento de Luís Fabiano na direita do ataque do FC Porto para remate de cabeça de Derlei à boca da baliza do Once Caldas, mas a bola saíu por cima.
29'- Livre marcado por Diego, do lado direito do ataque do FC Porto, directamente para as mãos do guarda-redes do Once Caldas.
31'- Remate frontal de Derlei, com a bola a passar por cima da baliza do Once Caldas.
33'- Cartão amarelo para Diego Arango, do Once Caldas, por falta sobre Diego.
34'- Livre marcado por Maniche, com a bola sair muito por cima da baliza do Once Caldas.
36'- Livre favorável ao Once Caldas, em posição frontal à baliza do FC Porto, marcado por De Nigris, fazendo a bola passar por cima da barra.
39'- Livre marcado por Diego, do lado esquerdo do ataque do FC Porto, com a bola a bater uma primeira vez no poste esquerdo da baliza do Once Caldas e, depois, tocada por um defesa, a voltar a bater segunda vez na barra, para finalmente McCarthy recarregar fazendo a bola sair sobre a baliza.
44'- Contra-ataque do Once Caldas culminado com um remate de Viafára, com a bola a passar junto ao poste esquerdo da baliza do FC Porto.
45' + 1' - Termina a 1ª parte: FC Porto-Once Caldas (0-0).
FILME DO JOGO (2ª Parte):
46'- Início da 2ª parte.
46'- Substituição no Once Caldas. Entrou Cataño e saíu Cambindo.
51'- Henao, guarda-redes do Once Caldas, saíu aos pés de Derlei e evitou o remate do avançado portista.
51´- Cartão amarelo para Diego, do FC Porto, por falta sobre Garcia.
52'- Livre favorável ao FC Porto, marcado por McCarthy, com a bola a sair ao lado da baliza do Once Caldas.
57'- Remate de Maniche, fraco, para as mãos do guarda-redes do Once Caldas.
60'- Cartão amarelo para Garcia, por falta sobre Diego.
60'- Remate de Diego, com a bola a bater num defesa do Once Caldas e a sobrar para McCarthy que rematou e introduziu a bola na baliza do Once Caldas, mas o árbitro considerou erradamente fora de jogo, anulando pela segunda vez um golo ao FC Porto.
61'- Substituição no Once Caldas. Entrou Jefrey Diaz e saíu Diego Arengo.
63'- Chapéu de Maniche, mas a bola sái sobre a baliza do Once Caldas.
66'- Remate potentíssimo de McCarthy, com a bola a bater no poste direito da baliza do Once Caldas e Ricardo Costa a chegar atrasado para a recarga.
67'- Canto marcado por Diego e remate de cabeça de Ricardo Costa para grande defesa de Henao, guarda-redes do Once Caldas.
68'- Substituição no FC Porto. Entrou Carlos Alberto e saíu Derlei.
69'- Saída de Vítor Baía aos pés de De Nigris, com o jogador do Once Caldas a ficar magoado no lance, aparatoso e duvidoso, no tocante a ter havido ou não falta do guarda-redes portista, que aliás o árbitro não assinalou.
76'- Remate de Carlos Alberto, para defesa do guarda-redes do Once Caldas.
78'- Cartão amarelo para Jorge Costa, do FC Porto, por falta sobre Soto.
79'- Substituição no FC Porto. Entrou Quaresma e saíu Luís Fabiano.
81'- Remate de Maniche desviado por um defesa do Once Caldas.
82'- Remate de Carlos Alberto a fazer a bola sair muito por cima da baliza do Once Caldas.
90'- Remate de cabeça de McCarthy, à boca da baliza do Once Caldas, para grande defesa do guarda-redes Henao.
90' + 3' - Termina a 2ª parte: FC Porto-Once Caldas (0-0).
FILME DO JOGO (Prolongamento - 1ª Parte):
91'- Início da 1ª parte do prolongamento.
96'- Substituição no Once Caldas. Entrou Alcazar e saíu Soto.
98'- Viafára rematou de longe à baliza do FC Porto, para defesa fácil de Vítor Baía.
100'- Vítor Baía cái para o chão, aparentemente por ter-se sentido mal e depois de ser assistido é pedida a sua substituição.
103'- Substituição no FC Porto. Entrou Nuno e saíu Vítor Baía.
105' + 1' - Remate de Maniche de longe, com a bola a ir parar às mãos do guarda-redes do Once Caldas.
105' + 4' - Termina a 1ª parte do prolongamento: FC Porto-Once Caldas (0-0)
FILME DO JOGO (Prolongamento - 2ª Parte):
106'- Início da 2ª parte do prolongamento.
106'- Chapéu de muito longe de Quaresma, sem perigo pasra a baliza do Once Caldas.
108'- Cruzamento de Quaresma, com a bola a sair por cima da baliza do Once Caldas.
110'- Remate de Maniche, com a bola a sair ao lado da baliza do Once Caldas.
111'- Remate de Quaresma, com a bola a sair por cima da baliza do Once Caldas.
114'- Livre favorável ao Once Caldas, marcado por De Nigris, com a bola a sair por cima da baliza do FC Porto.
115'- Defesa apertada de Nuno a interceptar um cruzamento de De Nigris, do Once Caldas.
117' - Cartão amarelo para Vanegas, do Once Caldas, por falta sobre McCarthy.
120' + 1' - Termina a 2ª parte do prolongamento: FC Porto-Once Caldas (0-0).
FILME DO JOGO (Grandes penalidades):
1ª (Once) - Vanegas: 0-1
1ª (FCP) - Diego: 1-1
2ª (Once) - Alcazar: 1-2
2ª (FCP) - Carlos Alberto: 2-2
3ª (Once) - Viafára: 2-3
3ª (FCP) - Quaresma: 3-3
4ª (Once) - De Nigris: 3-4
4ª (FCP) - Maniche: FALHA 3-4
5ª (Once) - Fabbro: FALHA 3-4
5ª (FCP) - McCarthy: 4-4
6ª (Once) - Velasquez: 4-5
6ª (FCP) - Costinha: 5-5
7ª (Once) - Diaz: 5-6
7ª (FCP) - Jorge Costa: 6-6
8ª (Once) - Cataño: 6-7
8ª (FCP) - Ricardo Costa: 7-7
9ª (Once) - Garcia: FALHA 7-7
9ª (FCP) - Pedro Emanuel: 8-7

TERMINA O JOGO - FC Porto-Once Caldas: 8-7 (g.p.)

CAMPEÕES DO MUNDO!!!!

CAMPEÕES! CAMPEÕES! CAMPEÕES!

2004/12/11

De olhos em bico...

Os japoneses estão loucos com o FC Porto, como se pode ver nas (breves...) imagens que a televisão tem dado na estadia (tambem ela muito breve) do FC Porto para disputar a Taça Intercontinental, que de forma oficiosa elege o clube campeão do mundo.

Amanhã, pelas 10h00 da manhã, o FC Porto vai defrontar o Once Caldas da Colombia na última edição da prova nestes moldes (o campeão Europeu contra o campeão Sul-Americano) e que será o tira-teimas final entre os dois mais fortes continentes futebolisticos, visto que neste momento se regista um empate entre ambos nas edições (salvo erro, 40) anterios.

O FC Porto quase não teve tempo de adaptação ao novo fuso horário, bem como teve apenas a quarta, quinta, sexta e sábado para preparar o jogo, com uma viagem de 13 horas pelo meio, visto que na terça disputou o importante e desgastante jogo contra o Chelsea na Liga dos Campeões, que de resto lhe valeu o apuramento para os oitavos de final. Já o Once Caldas está já há cerca de uma semana no Japão e terá disputado o seu último jogo há quase duas semanas...

Não vai ser fácil, mas está visto que este FC Porto está habituado a gerir a pressão dos grandes momentos, como ainda se viu nos jogos contra o CSKA e o Chelsea. Pelo que acredito que daqui a pouco mais de 12 horas possa estar a fazer o que esta cidadã japonesa fez à chegada do FC Porto ao país do sol nascente: festejar!

2004/12/10

Eleições em Fevereiro? - III

Finalmente, 11 dias depois, sabemos que há eleições antecipadas e que serão a 20 de Fevereiro.

E, como se viu/ouviu, o "homem" já não é o Presidente de todos os portugueses. Agora será o Presidente dos portugueses que votam à esquerda, mormente no PS, o seu partido. Citando Ricardo Costa (irmão de António Costa, no Jornal da Noite da SIC) "ele saiu do plano institucional para o plano meramente político". O que quer dizer que, se por algum milagre daqueles que permitiu o FC Porto se qualificar para a fase seguinte da Liga dos Campeões, o PSD e Pedro Santana Lopes ganharem as eleições, Jorge Sampaio terá de se demitir. Ou será que ele vai ter coragem de dar posse ao novo primeiro-ministro que demiitiu?

Por outro lado, depois do discurso político e arrasador para o ainda primeiro-ministro, será que ele deveria ser o candidato do PSD (ou da coligação?) ou deveria abrir espaço a outro nome e a outra direcção?

E por último, Jorge Sampaio não espere ficar afastado da campanha eleitoral depois do seu discurso mais político em 7 anos de presidência, depois de ter tirado o fato de Presidente e vestido o camuflado rosa para a "guerra" eleitoral que se apraza para dia 20 de Fevereiro...

2004/12/09

Linha de Rumo n.º 65 - S. Paio e os desvalidos?

Num artigo de opinião intitulado “S. Paio e os desvalidos do PSD”, publicado noutro jornal de Guimarães, o deputado municipal do PCP, Sérgio Mendes, embrenhou-se por estranhos caminhos...
Para já, o título. Desvalidos? Recorri ao dicionário para ver qual o seu significado e que li eu? Que como adjectivo é o mesmo que "sem valimento, desprotegido, desajustado, desamparado" ou que significa o mesmo que "desgraçado, aquele que não tem valimento". Mas o que raio tem então "desvalido" a ver com isto, andará o PSD de Guimarães a deixar pessoas desprotegidas, desajustadas e desamparadas? Fiquei preocupado…
Depois, porque o texto vem logo a seguir ao candidato da CDU ter distribuído pela freguesia de S. Paio de Figueiredo uma carta a "malhar" quase nos mesmos termos que o aludido artigo (apenas com um português mais... vernáculo!) pelas caixas de correio dos habitantes.
Por fim, é estranho que se por um lado o comunista Sérgio Mendes reconhece que esta é uma aldeia "de poucos eleitores e sem qualquer interesse estratégico" - o que é verdade com os seus 484 habitantes - logo a seguir a venha comparar com a vizinha freguesia de Brito, a última das vilas criadas em Guimarães, com 4605 habitantes (ambos os dados retirados dos Censos 2001 do INE) de forma a “medir” o peso político de cada um dos seus presidentes. E porque para quem faz um texto onde pretende defender uma população pretensamente marginalizada, insulta a população: "os aldeãos vagueiam de casa para o trabalho e esperam a deleitosa missa de fim–de–semana: a única actividade social e lúdica que lhes é facultada desde a nascença"! Eu teria dificuldade em insultar melhor uma população que me desagradasse...
Então onde quer chegar este senhor deputado municipal?
À Junta de Freguesia! Todo este ataque em defesa do seu candidato partidário, julgo que independente, à Junta de Freguesia – o que me faz recordar o delicioso pormenor da noite eleitoral de Dezembro de 2001 em que vejo e ouço o veiculo desse candidato em plena euforia a buzinar pelas ruas de Figueiredo fora, o que me fez tremer de medo naquele momento pois pensei que a CDU houvesse conquistado a pequena freguesia onde o PSD nunca perdeu, mas depois percebo que tal alegria era pela vitória do candidato do PSD e actual presidente da Junta de Freguesia! - mas como dizia eu, o objectivo do ataque é chegar à Junta de Freguesia. Que poderá ter muitos defeitos, mas ser do PSD é o menor deles... O grande defeito desta freguesia - como a de Leitões ou de Oleiros, que também não têm sede de Junta de Freguesia, por exemplo - é que efectivamente são pequenas, muito pequenas, para que o poder político instalado em Santa Clara olhe para elas.
Por fim, interrogo-me como está o deputado municipal do PCP tão bem informado sobre aquilo que é conhecimento ou não da "pseudo-Mega-oposição laranja"... Talvez eu possa esclarecer um pouco o senhor deputado informando-o que nessa modesta casa, ali no Largo do Toural, n.º 125, 1º andar, sabemos muito bem o que se passa nas freguesias, nas “nossas” e nas outras, tão bem ou melhor do que qualquer outro partido em Guimarães... E o nível e tipo de intervenção partidário apenas e só ao PSD diz respeito e não pense o senhor deputado municipal que vai conseguir interferir nisso... Talvez fosse mais interessante preocupar-se com a vida interna do seu partido que esteve em congresso e que pelas amostras do novo líder e do seu discurso não se lhe augura grande futuro, o que para mim é uma pena pois acho que o PCP é fundamental na democracia portuguesa para que nunca nos esqueçamos do perigo das ditaduras leninistas-estalisnistas que poderiam ter acontecido neste país...
Por último, não sei se o deputado municipal do PCP já ouviu falar na ASCREV - Associação Social, Cultural, Recreativa de Entre Vales. Não? Então, sucintamente, vou esclarecer... Esta associação está a tentar fazer aquilo que o candidato do PCP e o que o deputado municipal do PCP criticam mas nunca mexeram “uma palha” para tentar resolver com acção. A ASCREV nasceu e está a tentar fazer valer o peso de 3 freguesias em conjunto (neste caso, Figueiredo, Leitões e Oleiros) para tentar que as mais variadas entidades possam dar às freguesias em conjunto aquilo que não dão a cada uma isoladamente: um ATL, uma creche/infantário, um centro de dia, um centro de noite, apoio domiciliário... A ASCREV está em campo e a trabalhar. Ah! Eu mencionei que as Juntas de Freguesia estão a apoiar a ASCREV e a encorajar os seus dirigentes a seguir este caminho, talvez por terem percebido que essa será a forma de dar às suas populações aquilo que as pequenas Juntas de Freguesia, de outra forma, não conseguiram até hoje? Não mencionei? Pois, fica para outra vez...
Post-scriptum - Não, não sou de Figueiredo, ou Leitões, ou Oleiros, sou bem do centro da cidade. Sim, sou do PSD. Mas também sou amigo de muitos habitantes de Figueiredo e de Leitões. E conheço bem a realidade dessas freguesias. Mas como não gosto de me ficar apenas pelas palavras e como para mim a política, mesmo de oposição, faz-se com actos concretos, passei à acção. E nasceu a ASCREV. E poderá demorar, mas acabará por conseguir levar para aquelas freguesias aquilo que as populações merecem. Como é evidente, não poderá levar água e saneamento às populações, pois isso compete à CM Guimarães. Também não poderá acabar com a sucata de Figueiredo, pois isso também compete à CM Guimarães, como uma vez também aqui deixei escrito nesta crónica. Nem pode fazer nada contra as vacarias, cujo licenciamento passa também pela CM Guimarães. Ou também não pode obrigar o senhor vereador responsável a protocolar a cedência de terrenos da CM Guimarães às Juntas de Freguesia para que estas possam finalmente ter uma sede digna e própria de uma autarquia…

Caudilho?

Segundo Morias Sarmento, o Presidente da Republica tem-se comportado como um "caudilho".

Ora como eu "caudilho" só conhecia o General Franco, fui ao meu "amigo" dicionário on-line da Texto Editora (aqui) e que me diz ele?

Que "caudilho" s. m. que chefe militar; cabo-de-guerra; comandante; chefe; aquele que dirige uma facção ou um bando; cacique.

A minha conclusão?

É que esse comentário é profundamente verdadeiro, mas foi feito por outro "caudilho" partidário em nome de um "caudilho" 1º ministro... Nunca neste país houve tanto caudilho...

A minha 1ª vez

Hoje, finalmente, foi a minha 1ª vez! Que concordei com alguma atitude do presidente do meu partido e ainda primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes.

Demorou mais de 4 meses, mas finalmente achei que tomou uma boa opção: convidar o independente António Mexia para coordenar a preparação do Programa de Governo do PSD.

Este é um dos ministros a quem mais reconheço competência, seriedade, idoneidade e desinteresse de promoção pessoal deste governo - juntamente com Álvaro Barreto e Aguiar Branco. E por isso mesmo, e porque penso que António Mexia tem ideias para o país, tem projectos e estará rodeado de uma boa equipa que saberá escolher, penso que do ponto de vista meramente teórico o programa do PSD será do melhor que já foi apresentado nos últimos 10 anos. O problema é que se o PSD ganhar, quem o terá de levar à práctica será Pedro Sanatana Lopes...

2004/12/08

Ainda há milagres...

...e ontem no Dragão, com passagem por Paris, aconteceu um!

Ninguém se acreditaria, pelo desenrolar do jogo, que o FC Porto fosse sair vencedor. Ou que o PSG perdesse (pelo menos empatasse) em casa com o CSKA. E no entanto, no final de ambos os jogos, isso aconteceu.

O FC Porto, à custa do Diego e do McCarthy, venceu o "intratável" Chelsea do Mourinho.

O PSG gastou a sabedoria no jogo com o FC Porto e não conseguiu vencer a equipa russa do CSKA.

E o FC Porto ficou em 2º lugar e passou aos oitavos de final, cumprindo a tradição de todos os campeões europeus em atingir pelo menos esse patamar da competição.

Ah! E repararam que o Anderlecht acabou a fase de grupos com 6 derrotas, 6, nem um mísero ponto, sendo a pior classificada de todos os grupos (até o Roma do Del Neri fez já um pontito...) - coisa que penso ter acontecido pela primeira vez? Há realmente equipas que não deviam andar de todo na Liga dos Campeões por evidente falta de categoria e traquejo internacional...

2004/12/06

E há vida para lá da demissão do Parlamento...

...porque há orçamento, a pedido expresso de quem vai dissolver a mesma Assembleia que agora o "desenrascou" do aperto em que se meteu.

A isto chama-se uma bofetada de luva branca. E ainda quero ver o PS a defender em campanha eleitoral a subida (ou pelo menos a manutenção) dos impostos, entre outros mimos. Vai ser uma campanha engraçada...

2004/12/05

Imagens [6] - É Natal...




O Mestre dos Silêncios, por António Barreto

Hoje nem digo mais nada que não o que António Barreto, no seu artigo no Público de hoje, diz. E não é pouco...

Com a devida vénia, fica aqui reproduzido.

"O silêncio sempre foi considerado um atributo maior da política. O que deve decorrer do mistério que quase inevitavelmente dele resulta. Falar de mais é frequentemente considerado um erro. Falar pouco parece ser uma arte. Nunca falar é até arrepiante. Quem está calado deve estar a pensar. Tem seguramente muito para dizer ao mundo. Deve ser sábio. Estas ideias, superficiais, tanto estão certas como erradas. Mas os mitos subsistem. Quem não se deixava muito enganar por eles era o General De Gaulle, que escreveu nas suas memórias que nem sempre a admiração pelos esfíngicos se justificava. A sua experiência dizia-lhe que, por vezes, quando um desses seres se decidia finalmente a falar, a surpresa era geral, pois apenas diziam imbecilidades. Por isso é que, em verdade, o Mestre do silêncio é aquele que domina a palavra. E que a usa. Quando deve ser. Foi o que fez Cavaco Silva. Menos de uma semana depois de Santana Lopes o ter tentado aprisionar e diminuir, libertou-se do abraço homicida, limpou a face do beijo de Judas e, em cinquenta linhas de uma redacção quase infantil, destroçou a direcção de um partido e o governo de um país.

Este homem é um caso da política nacional. Desde o seu aparecimento que quase toda a gente se enganou. Foi desvalorizado por muitos, desprezado por alguns, posto em ridículo por bastantes. Denunciaram-lhe a falta de jeito, a má oratória, o aspecto crispado, a ausência de cultura humanística, a rigidez de raciocínio e a aversão pela política. Até o mau vestir, o feio penteado e o sotaque provinciano lhe foram criticados pelas classes ilustres de Lisboa, que só reconhecem valor aos do seu rebanho e que recorrem a indicadores ditos sociais, quando lhes faltam os políticos e os intelectuais. A sua ascensão, as duas maiorias absolutas, os dez anos de governo, a gestão da primeira década europeia de Portugal e a sua campanha eleitoral de 1995 estão aí para demonstrar que ele tinha trunfos e talentos que os seus adversários, do mesmo ou de outros partidos, foram incapazes de detectar. Igualmente de relevo é a década que passou afastado da política, em casa e na universidade. Poderia ter dito mil coisas, arranjado dezenas de empregos, presidido a vários organismos, aparecido constantemente nas televisões, apadrinhado os pobres, cortejado os ricos e desfrutado os prazeres de uma reforma dourada ou empenhada. Não o fez. Recolheu-se a um relativo e estudado silêncio. O que fez, não por maçada ou modéstia, mas antes meticulosamente, num exercício de contenção rara em Portugal, para assim maior valor dar às suas palavras. Cada vez que o fez (notoriamente com o "Monstro" do défice e, agora, o "governo dos incompetentes"), deixou a pátria incomodada, semeou esperanças, irritou interesses, incomodou os instalados e criou novas realidades. Tudo isto exige preparação, estudo atento das situações e das oportunidades, exame das circunstâncias e percepção fina dos momentos políticos e psicológicos. Pouco fica entregue ao acaso. Já quando da sua chegada ao pré-histórico congresso da Figueira da Foz, o que pareceu espontâneo, improviso e repentino era tudo menos isso.

É tímido e não terá efectivamente muito jeito para a retórica política habitual. Mas nada disso tem qualquer espécie de importância. Ou antes, tem, porque são aparentes deficiências transformadas em virtudes ou talentos. Em tempos de descaramento e de verbo excessivo, a timidez é uma qualidade. Como em tempos de corrupção e facilidade, a sua honestidade, que deveria ser um traço banal e corrente da nossa vida, é sinal de excelência. Da não política fez política por excelência. Da sua alegada competência profissional, fez autoridade política. E da sua crispação acanhada fez distância serena. Com a política, aprendeu a fazer política: em dez anos de governo, ficou outro homem. Percebeu que não fazer política era a melhor política de que era capaz e que ninguém o igualava nesse estilo. A sua circunspecção aumentou-o. Deixou naturalmente consolidar uma reputação inatacável de seriedade e autoridade. Sendo certo que os interesses económicos olham para ele com volúpia, a verdade é que as corporações e as empresas o receiam.

Quando foi Primeiro-ministro, deixou recordações. Durante um tempo, houve a impressão de que havia autoridade do Estado democrático. É verdade que descurou a justiça e a Administração Pública. Adiou a Segurança Social. E permitiu o desvario nas universidades e na reforma da educação. Além de nunca ter sabido conviver coma imprensa. Mas, do que tratou como prioridades (por exemplo as privatizações, os fundos europeus, as estradas e as infra-estruturas), foi eficiente e fez obra. E não são poucos os que, entre adversários e opositores, reconhecem os seus méritos e o respeitam.

Não são muitas as pessoas que se podem gabar de ter, com um só artigo de jornal, contribuído para dissolver um Parlamento e demitir um governo. Bem sei que toda a esquerda aplaudia ou reclamava; que, com o novo estilo de Jorge Sampaio, o gesto estava nas cartas; e que, na véspera da decisão presidencial, a Igreja e os empresários deram uma ajuda inestimável. Mas o seu escrito sobre os políticos incompetentes, de uma simplicidade a roçar a ingenuidade, teve certamente uma influência indelével. Daqui para a frente, tudo depende dele. Não está prisioneiro do partido, nem de organizações particulares. A sua reputação raramente esteve tão sólida. É legítimo que aspire a Belém, mas quem olha para ele pensa na fuga de Guterres, no abandono de Barroso e nos desastres de Santana. Não sei se consegue, de São Bento, organizar o país em segunda edição. Nem se, de Belém, tem a capacidade para presidir com competência e sem quezília. Mas sei que só ele, a partir de um ou do outro palácio, pode pôr o PSD em ordem. Já não é pouco.
"

2004/12/04

24 anos depois, Sá Carneiro ainda é uma referência



Neste momento conturbado da política portuguesa, é sempre bom recordarmos a figura daquele que, se o tivessem deixado, poderia ter sido o maior estadista português do século XX. Infelizmente, há 24 anos atrás, neste dia 4 de Dezembro, desapareceu o homem e nasceu o mito. Muito sinceramente, preferia nunca ter conhecido o mito e ter visto o melhor governo so século XX, por si liderado, ter governado a legislatura completa. Ainda se lembram de alguns desses nomes? Eu recordo: Sá Carneiro, Diogo Freitas do Amaral, Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Adelino Amaro da Costa, Eurico de Melo, Ribeiro Telles... O que seria hoje Portugal, 24 anos depois, se não tivessem desaparecido naquela fatidica noite Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa? Possivelmente, Soares não teria sido Presidente, provavelmente Cavaco Silva teria sido na mesma primeiro-ministro mas sob a presidência de Sá Carneiro. Possivelmente talvez hoje o PSD e o CDS fossem um unico partido... Sei lá...

Um único defeito em Sá Carneiro: foi o "criador" de Santana Lopes...

Vitória nas eleições da Ordem dos Advogados do meu primo

O meu primo, Rui da Silva Leal (Filho), pelo que vi na página da Ordem dos Advogados, ganhou as eleições para o Conselho Distrital do Porto, por uma escassa margem, mas sendo um candidato independente das listas nacionais, é um resultado muito importante.

Continuo a dizer o mesmo que disse quando apresentei aqui a sua candidatura: como advogado, não sei muito bem se as suas propostas seriam as melhores ou não, pois não estou muito dentro dessa área; mas como homem, como profissional, como amigo, tenho a mais absoluta certeza que poderão haver outros como ele, mas não melhores do que ele. Tenho a certeza que se ele resolveu encarnar uma candidatura a tão importante órgão é porque sabe que será capaz de poder fazer algo pela sua classe, não o reconheço com actos de vaidade pessoal ou de ansia de protagonismo e pelo que sei, ele já tem muito que fazer no seu escritório para ter de se preocupar ainda com este cargo, pelo que se o fez terá sido, com toda a certeza, por um imperativo de consciencia.

Rui, os neus parabéns.
Um grande abraço deste teu primo.

Eu é que sou o Presidente...

...tal como dizia o memorável "boneco" criado pelo Herman José.

E hoje em dia, o nosso Presidente da República também parece um "boneco" ou uma "caricatura", num cargo público.

Primeiro decide convocar eleições para o que procede aos actos burocráticos para tal: ouvir os partidos com assento parlamentar, ouvir o conselho de estado e dissolver a Assembleia da República. Um pequeno pormenor: esqueceu-se de avisar o Presidente da Assembleia da República desse facto... Outro pequeno pormenor: na véspera só mandou o 1º Ministro apresentar um substituto para um ministro demissionário... E ainda mais um pequeno pormenor: ouvir os partidos e o conselho de estado é que deveria permitir ao Presidente tomar a decisão (ou não...) de dissolver o Assembleia da República; se ele já tomou essa decisão, para que ouvir quem quer que seja?

Depois, não bastando o "esquecimento" - o que é grave - continua sem comunicar ao país os fundamentos dessa decisão... É que, concorde-se ou não, uma decisão deste calibre já deveria ter sido explicada... Eu gostava de saber qual é o motivo. A demissão do ministro? A rábula da remodelação ministerial que adiou a tomada de posse dos secretários de estado? A história da criança na incubadora? O texto do Prof. Cavaco Silva? A opinião dos empresários? O Eng. Sócrtates ter dito que está pronto a governar? Tudo isto? Nada disto?

Assim, este Presidente apenas está a fazer o jogo para que Santana Lopes se possa vitimizar (e ele faz isso melhor que qualquer outro...) e não permite que no PSD se encontre outra alternativa, pois assim Santana só vai desistir depois das eleições quando perder por muitos... Mas se calhar é mesmo isso que o militante do PS, Jorge Sampaio, quer... Ou será que não?

2004/12/01

Linha de Rumo, por Ruy Cinatti

Descobri por acaso numa página de um jornal de poesia este poema cujo titulo é o nome do meu blog e crónica (tanto atraso na publicação...) e quis deixar aqui reproduzido.

Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Encontro-me parado...
Olho em meu redor e vejo inacabado
O meu mundo melhor.

Tanto tempo perdido...
Com que saudade o lembro e o bendigo:
Campo de flores
E silvas...

Fonte da vida fui. Medito. Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o pensamento
Que se descobre.

Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e sem Amigos,
Adrede.


Ruy Cinatti

A Linha de Rumo feita pelos seus leitores [5]

O Abstencionista Anónimo do blog Santana à Vitória em 2005? Nem pensar!!! deixou diversos comentários que seriam um só e que pelo interesse deixo aqui reproduzido e comentado no final:

"Na impossibilidade (por razões que têm a ver com o Blogger.com), de inserir o meu "posting" de resposta no blog que lhe corresponde, deixo-o aqui para informação:

A MOEDA BOA E O TOSTÃO FURADO

Escreve o Linha de Rumo "...será que o Prof. Cavaco já sabia que o Presidente já tencionava derrubar o Governo? Será que os elogios que começam a chover de vários lados (por exemplo, no Abrupto e no Santana à Vitória em 2006? Nem pensar!!!) e que por isso mesmo escreveu o artigo do Expresso no fim de semana a preparar o seu posicionamento para se candidatar a 1º Ministro e não a Presidente da Republica?".
E o "Linha de Rumo" interroga-se e bem. Pensamos sériamente que o país necessita de alguém competente, naturalmente polémico mas sério, prestigiado e competente, para assegurar a governação do país e os equilíbrios necessários a uma governação. A questão é grave e deveria mobilizar desde já as novas gerações, mais até do que nós que cumprimos já uma etapa da vida e tendemos para uma certa conformação com a realidade, no género laisser passer que quem vier que feche a porta.
Cavaco não é nehum salvador nem tão pouco falar dele equivale a um elogio da sua personalidade e recorte economicista. Não se lhe reconhece uma visão humanista e emocional da vida e do mundo. Mas os políticos humanistas não os há e os que há provávelmente ainda afundariam mais o país ecoómica, social e culturalmente. Um governo não é uma cátedra de universidade nem muito menos um laboratório onde as coisas podem estar desrumadas mas onde é possível sentir a invenção e o engenho a passarem pelos tubos de ensaio.
No Governo se houver desarrumação quem paga são os cidadãos não a senhora que faz a limpeza do laboratório.
É claro que, por oposição aos nossos "elogios" (eu diria antes "a necessidade que o país tem de Cavaco ou de alguém como ele", mais do que em elogio ao próprio), há já no PS e nos restantes partidos da ainda oposição, quem comece a recordar os tempos em que Cavaco era Primeiro-Ministro, lembrando nomeadamente a sua derrota posterior.
Aceita-se essa reacção como naturalíssima nomeadamente da parte de quem visa propor uma alternativa ao PSD e ao PP e vê na escolha de Cavaco a possibildiade de uma derrota eleitoral nas próximas legislativas, mesmo com Sócrates e Vitorino.
É claro que o factor tempo e também a crispação que naturalmente existirá contra Cavaco por parte de algumas figuras de proa do PSD poderão por si só inviabilizar essa escolha e ajudar a manter a chefia do partido em Santana, sabendo-se como se sabe que este é melhor na oposição ou como candidato do que a governar.
Mas se isto acontecer toda a gente deverá assumir no futuro as responsabildiades por ter preferido o tostão furado à moeda boa.

Final do artigo e o obrigado pela paciência e o espaço.
Com os cumprimentos do
Abstencionista Activo
"

É evidente que quando me refiro aos elogios não o são enquanto pessoa mas enquanto estadista e enquanto constatação que apesar de diversos defeitos que tem, o Prof. Cavaco Silva está a jogar num campeonato de outra dimensão quando comparado com Guterres ou Durão Barroso, mas acima de tudo quando comparado com Santana ou Sócrates.

E se as coisas já davam para divagar, quando vem a terreiro o antigo porta-voz governamental de Cavaco Silva, Paulo Teixeira Pinto, falar no bom que seria ter o Prof. Cavaco de volta à liderança governamental, cada vez tenho mais a certeza que as minhas "divagações" estão mais próximas de serem um ensaio de uma vaga de fundo do que uma utopia... ou então são mesmo, apenas e só, divagações!
Apenas estou para ver o resultado da reunião da Comissão Política Nacional e saber qual a posição do (ainda?) presidente do PSD, Santana Lopes, quanto à questão se quer ser candidato ou não às legislativas, quanto ao facto se vai convocar algum Conselho Nacional para discutir o grave momento político ou, até, se irá convocar algum congresso...

Como é ainda evidente também, os ataques ao Prof. Cavaco irão aumentar tanto mais quanto possa haver a impressão que venha a optar por uma situação de querer assumir uma nova etapa governativa e não presidencial. Mas a seu tempo também surgirão os ataques ao socialistas, nomeadamente a Sócrates que foi ministro do pior governo desde D. Maria, como diria o outro.

Eleições em Fevereiro? - II

Segundo o Público On-line, o "Presidente da República deverá convocar eleições legislativas antecipadas para Fevereiro de 2005, de acordo com os prazos estabelecidos na Constituição e na lei eleitoral para o Parlamento".

A única coisa que poderá fazer variar a data das eleições será a questão de ouvir os partidos políticos e o Conselho de Estado, o que poderá fazer a data avançar do dia 6 de Fevereiro (se o decreto de dissolução do Parlamento for publicado até ao dia 10) para os fins de semana seguintes de 13, 20 ou 27 por cada semana de atraso na publicação, isto é, se for publicado até dia 17 de Dezembro, as eleições serão a 13 de Fevereiro, se for publicado até 24 de Dezembro as eleições serão a 20 de Fevereiro e se for publicado até 31 de Dezembro as eleições serão a 27 de Fevereiro. Uma vez que, e ainda segundo o Público, "Jorge Sampaio ouve partidos e Conselho de Estado na próxima semana", então o mais natural é que o decreto seja publicado entre os dias 13 e 17 de Dezembro, o que iria atirar as eleições para o dia 13 de Fevereiro, logo a seguir ao fim de semana "prolongado" de Carnaval, tal como previ anteriormente que pudesse acontecer.

Apenas será ainda interessante referir que esta será a primeira de 4 votações que vamos ter em 11 meses. Porque em principio, lá para Abril teremos o referendo sobre a questão do Tratado Europeu que define a Constituição Europeia. E entre 15 de Setembro e 15 de Outubro teremos as eleições autárquicas. E na primeira quinzena de 2006 teremos as presidenciais. Ou como diz a minha tia Teresa, "não há fome que não dê em fartura"...

Citando Pacheco Pereira no seu Abrupto...

VENHA A MOEDA BOA

Venha a boa moeda expulsar a má. Nem Santana Lopes, nem Sócrates são boas moedas. São as duas faces da mesma moeda má. É no PSD que se pode encontrar a boa moeda. Cavaco seria a melhor e deveria ponderar as consequências do seu próprio artigo no Expresso. É mais preciso no governo do que na Presidência da República. Se quiser tem tudo e todos com ele.

O PSD tem que perceber que esta é a única possibilidade do oferecer ao país a melhor alternativa, (a alternativa que Santana Lopes dará ao país é o PS e Sócrates), poder ter uma maioria absoluta e fazer as reformas que o país urgentemente necessita. Não é messianismo, é realismo. É só querer.


E nada mais tenho a dizer, apenas que assino por baixo...

Divagações...

...ao correr da pena (ou do teclado, se preferirem).

Henrique Chaves diz no momnento de se demitir que Santana Lopes andava há varias semanas a preparar uma remodelação. O Público e o DN dizem que só uma grande remodelação pode evitar que o Governo cais, que não chegaria trocar de ministro.

O Prof. Cavaco Silva escreve no fim de semana um artigo no Expresso, que elogiei aqui mesmo neste blog por achar que com esse artigo o Prof. Cavaco estava a assumir a candidatura à Presidencia da Republica.

Mas...

...será que o Prof. Cavaco já sabia que o Presidente já tencionava derrubar o Governo? Será que os elogios que começam a chover de vários lados (por exemplo, no Abrupto e no Santana à Vitória em 2005? Nem pensar!!!) e que por isso mesmo escreveu o artigo do Expresso no fim de semana a preparar o seu posicionamento para se candidatar a 1º Ministro e não a Presidente da Republica?

Não sei, provavelmente é só imaginação minha, tal como deverá ser também imaginação da minha mãe que me disse que o Presidente apenas nomeou o Santana para dar tempo ao PS organizar-se e ter um novo líder e para "queinar" o Santana que tinha de pegar num Governo de repente e sem estar preparado para isso, tendo de queimar etapas muito depressa para dar resposta às exigências da situação...

É como eu digo, são divagações ao correr do teclado...