2005/04/01

É o fim...

...de uma longa caminhada do Papa João Paulo II, ao que parece.

Neste momento, segundo a SIC, e como se pode ver na imagem em directo que está a ser transmitida, a Praça de S. Pedro está toda iluminada e cheia de carros de policia/bombeiros com as luzes de emrgência azuis ligadas, com estradas fechadas no acesso à Praça de S. Pedro, coisa completamente anormal quando em Itália são 1h23 da madrugada...

Assim, a longa vida deste homem que nos últimos anos tem "penado" e se tem "abandonado" nas mãos de Deus parece ter terminado hoje, no dia das mentiras! Enorme ironia do destino...

Segundo parece, Karol Wojtyla terá já recebido a Santa Unção, sinal de que a situação deverá ser extremamente grave.

Tenho pena, porque apesar de ser um católico não practicante e pouco dado a cerimoniais de grupo - entendo a relilgião de uma forma muito mais initma e pessoal, próxima da contemplação e do recolhimento do que de cerimoniais de grupo e pré-determinados - tenho uma certa afeição pela pessoa e pelo seu papel determinante no século XX e na queda do comunismo na Europa.
E todo o exemplo de entrega e sofrimento que mostrou nestes últimos meses de vida são um exemplo a toda a humanidade e uma forma de demonstrar a muitos que a vida humana não termina quando termina a saúde, termina quando se expira a força vital que existe dentro de cada um de nós e que nos mantém um sopro de vida dentro, pelo que apesar de doente, de estar visivelmente a sofrer e de estar claramente a aproximar-se do seu dia final, João Paulo II nunca quis deixar de realizar o trabalho para que foi designado por inspiração divina dos cardeais que assim o elegeram.

Não me esqueço do momento bonito que vivi, embora fugaz e muito rápido, quando há quatro anos atrás fui a Fátima, no último 13 de Maio em que lá esteve presente, de o ver feliz entre a multidão que lhe acenava e de, a pouco mais de 5 metros de mim, enquanto passava no seu "papa-movel", ter abençoado e olhado para mim, ou através de mim, para a multidão. Decidimos na hora de jantar da noite anterior que o iriamos ver e assim o fizemos, juntamente com a Sara e a mãe dela, rumamos durante a noite em direcção a Fátima e de manhã bem cedo lá estavamos, assistimos à sua chegada, à Eucaristia e regressamos. Ainda hoje me recordo do seu ar sereno e do seu sorriso de "avô" a abraçar os netos naqueles breves segundos...

Que Deus o guarde se este for o seu momento...

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