2006/08/01

Novo rumo, linha a 180º, virei a sul

Alguns leitores já o sabem, outros irão ler agora a primeira vez e tomar contacto com a noticia.

Por contingências várias da vida, a Linha de Rumo não irá acabar, mas possivelmente nunca mais será a mesma. Porque ainda este mês de Agosto me devo deslocar para Angola onde irei iniciar uma nova etapa na minha carreira profissional.

Quem me tem lido nestes mais de 3 anos de Linha de Rumo sabe que passei de um contentamento descontente para um descontentamento total com o Rumo que o meu país e o meu concelho apresentam.

Motivo mais que suficiente para começar a germinar a semente da mudança. Aos poucos tenho vindo a sentir que Portugal não me oferece as oportunidades que procuro. Sinto que por mais que trabalhe nunca sairei da medíocridade que se instalou por cá, no meio deste espirito pequeno e invejoso.

De repente, sem o contar, surge o telefonema com o convite.

Primeiro, o choque. Angola? Tão longe, tão pobre...

Depois, a fase de pesquisa. Saber como está, ouvir quem lá está/esteve falar daquela terra que habita o nosso imaginário colectivo-saudosista.

Por fim, a aceitação. Afinal, serão apenas um par de anos e entretanto, quem sabe, Portugal poderá melhorar financeiramente porque esta cultura portuguesa de atavismo e provinincianismo não se muda em tão curto espaço de tempo...

Vou tentar, sempre que me for possivel, plasmar aqui na net a minha experiência e aventuras por terras da mãe-África. Espero ter sucesso e abrir outras portas à minha carreira profissional, bem como fazer o famoso pé-de-meia que caracteriza os nossos emigrantes. É evidente que não sou um emigrante comum - serei um quadro superior. Se quiserem, serei mais uma pequeno cérebro que tem de sair de cá para encontrar noutras paragens espaço de progressão profissional.

Vou já com saudades e vontade de regressar. Detesto muitas coisas em Portugal e nos portugueses. Mas apesar de tudo, é do nosso país, da nossa bandeira e das nossas gentes que eu gosto. Levo o FC Porto e a cidade de Guimarães ao peito, os meus amigos na memória, os meus pais, tios e primos num cantinho especial só para eles, como também para a Sara.

Não sei quando volto (de vez, porque pelo menos no Natal e férias estarei cá) nem tão pouco sei ainda ao certo quando quando vou, mas vou dando noticias por aqui.

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