2011/08/31

Estação de S. Bento é uma das mais bonitas do mundo

Soube-se há dias que a estação de S.Bento, no Porto, foi eleita como uma das mais belas do mundo por uma revista internacional, de grande tiragem, como uma das mais belas do mundo, numa restrita lista de estações de comboios.

Concordo inteiramente.

Inaugurada em 1915, a obra de arquitectura, de José Marques da Silva - uma das maiores referências da época - localiza-se numa zona central da cidade, no local de um antigo convento. Mas a maior beleza dela está no seu interior, nos paineis de azulejos que o mestre Jorge Colaço pintou para serem ali aplicados, contando as vivências das gentes do norte e histórias da História de Portugal, como o Torneio de Arcos de Valdevez, nos dealbares da nação portuguesa (século XII), Egas Moniz a apresentar-se com a mulher e os filhos ao rei de Leão, oferecendo as suas vidas (século XII), a entrada de D. João I, o Mestre de Avis, na cidade Invicta, para celebrar o seu casamento com D. Filipa de Lencastre (século XIV), o Infante D. Henrique durante a conquista de Ceuta (século XV) e diversos outros momentos que remetem para a história dos transportes no nosso país.

Para quem nunca lá foi, mesmo que não tenha de andar de comboio, vale a pena visitar.



2011/08/20

P'ra mundial!



Esta madrugada, pelas 2h00 da manhã, 11 futebolistas portugueses irão discutir o título mundial de futebol, Sub20, numa reedição da final de 1991 contra o Brasil.

O facto em si já é extraordinário, por tão raro e difícil de alcançar - esta é apenas a 3ª vez que tal acontece. Mas neste caso mais extraordinário é que quando olhamos para os eleitos que estão a disputar o título, nenhum deles nos "enche o olho" e é um jogador acima da média. Basta ver que nenhum deles joga nos três grandes (estavam alguns emprestados e alguns com possibilidades de ficarem mas dificilmente jogarão com assiduidade.

Já do lado brasileiro, há jogadores que já são hoje fora-de-série, inclusivamente já jogaram ou foram chamados para a Selecção principal. Alguns foram já transaccionados por dezenas de milhões de Euros (incluindo 2 que o FC Porto contratou esta época, Alex Sandro por cerca de 10M Euros e Danilo por cerca de 13M Euros) e é uma selecção muito forte.

Aliás, frente a frente estará o melhor ataque - Brasil, 15 golos marcados - contra a melhor defesa - Portugal, 0 golos sofridos!

E se o Brasil tem inúmeras personalidades e Portugal não tem ninguém relevante, Portugal é uma equipa na verdadeira acepção da palavra. São coesos, unidos, funcionam bem como grupo - mérito que deve ser inteiramente assacado a Ilídio Vale. Porque ele é que conseguiu transformar e levar este grupo de "out-siders" em que até havia dúvidas que passassem da fase de grupos até a esta final.

E agora, a final.

Que são para se ganhar. Eu acredito. Mas mesmo que não consigam, eles já ganharam o respeito do país e uma nova força para se proteger o jogador português em Portugal. E eles merecem!

45.666

45.666, quarenta e cinco mil, seiscentos e sessenta e seis. Este número são as faltas dos funcionários da Câmara Municipal de Guimarães ao longo de 2010, segundo esta noticia do Guimarães Digital.

E, sejamos claros, é um escândalo!


Imagem Guimarães Digital

São 1638 funcionários. É um funcionário por cada 96 habitantes, o que demonstra a clara municipalização do concelho, e não estão incluídos nestes cálculos os funcionários das empresas municipais... Cada um faltou em média mais de 27 dias. Considerando que um mês tem 22 dias úteis, cada funcionário faltou mais de 5 semanas ao trabalho. Se lhe juntarmos o mês de férias, são 9 semanas ausente do trabalho.

Uma empresa privada não sobrevive assim, com absentismo desta ordem - que diga-se, faz-me lembrar os meus funcionários de Angola... - e esta é uma boa explicação para a morosidade que existe no tratamento de processos simples como a renovação de um cartão de residente ou a análise dos processos de urbanismo.

Numa sociedade global e imediata como hoje em dia a nossa é, não é possível continuar a apresentar números destes. Não há justificações possíveis nem aceitáveis para isto. É preciso mudar, muito. De atitude. E de outras coisas mais.

45.666 dias de faltas são 125,1 anos! São 1473,1 meses normais. São 2075,7 meses úteis. São 6523,7 semanas normais. São 9133,2 semanas uteis. É um escândalo...

2011/08/19

Obrigado


Imagem Público

O agradecimento é pelo que fez no FC Porto, em duas épocas fantásticas. Mas não parte sem deixar um travo amargo pela sua saída. Não por ser insubstituível - ninguém o é e ele é a prova disso mesmo, veio substituir o "insubstituível" Lisandro. E antes houve Fabiano, Pena, Jardel, Kostadinov, Domingos, Gomes, etc...

Esse travo amargo tem a ver com a rapidez com que mudam de vontades. Ainda há 2 meses, em Junho, Falcao dizia que apesar das noticias que o davam em clubes no estrangeiro, ele dizia para os adeptos não se preocuparem pois esta época iria jogar no FC Porto. Apareceu para a pré-época, até já fez 2 jogos oficiais. E de repente, tudo muda. Um clube mediano, que nos últimos 20 anos pouco ganhou em títulos e até chegou a ser despromovido ao 2º escalão espanhol, mas que consegue ter um orçamento multimilionário quer para contratar, quer para pagar ordenados proibidos em Portugal. Não é que não possam ser pagos a 1 jogador num plantel como o FC Porto que investiu mais de 40 milhões de Euros esta época. O problema é que isso viria trazer desequilíbrios no interior do plantel, do balneário, e seria ainda pior a "emenda" que o "soneto".

É assim com tristeza que vejo partir mais um grande jogador - mais um de muitos que o FC Porto descobriu, formou e formatou para os grandes do futebol europeu. Porque ir ao Dragão é muito melhor quanto podemos ver no campo jogadores acima da média. O campeonato português perdeu valor, que ninguém duvide.

Espero que Falcao não se perca por Madrid, mas acho que fez uma má opção. Porque os jogadores do FC Porto que conseguiram sair para grandes clubes (como o Barcelona, Manchester United, Real Madrid, Chelsea ou Juventus, por exemplo) conseguiram ter sucesso desportivo para além do financeiro. Já para outros, como Lisandro ou Lucho Gonzalez, por exemplo, que saíram para clubes medianos, o sucesso desportivo tem sido diminuto, acabaram por perder os lugares na Selecção e só podem estar contentes pelas contas bancárias - mas desapareceram de circulação dos grandes jogadores...

Adeus, Falcao.

E adeus, Ruben Micael. Lamento ver mais um português a sair e ser substituído por um estrangeiro, belga neste caso. A equipa precisa de mais portugueses, é preciso estar atento ao nosso mercado e aos nossos jovens - veja-se que conseguiram chegar à final do Campeonato do Mundo U20 com alguns jovens que pertencem ao clube (Tiago Maia, Tiago Ferreira, Sérgio Oliveira...) e outros que já o foram (Caetano, Júlio Alves...) e entretanto compra jogadores, quase da mesma idade, por valores exorbitantes. Mesmo que seja para mais tarde os vender com elevados lucros, preferia ter um lucro mais pequeno e ter mais portugueses a jogar!

2011/08/17

Filmes [16]: Há dias de azar, de Paul McGuigan

Este filme é de 2006 e vi-o hoje em DVD. E gostei.



Confuso, com uma história sobre a troca de identidade de pessoas que se vai percebendo aos poucos que tem uma ligação mais profunda do que aquela que aparenta entre os vários personagens, acaba por nos prender para vermos até onde vai a prodigiosa imaginação dos autores na trama que montaram.

E quando, já no final, pensamos que percebemos o filme, este volta a dar mais uma pequena reviravolta para nos surpreender ainda mais uma vez. Um filme que pela forma como está dirigido, montado e pelo humor que apresenta poderia ter sido de Tarantino. Não é, é de um (para mim) desconhecido Paul McGuingan e que mostrou aqui, num filme com as presenças de Bruce Willis, Morgan Freeman, Lucy Liu e Ben Kingsley dirigir um Josh Hartnett num interessante filme, para se passar um bom bocado.

SINOPSE
"Um erro de identificação leva Slevin (Josh Hartnett) para o meio de uma guerra que está a ser preprada pelos dois maiores líderes da máfia nova-iorquina. Slevin vê-se assim, de repente, perseguido por um assassino profissional (Bruce Willis) e passa a estar sob intensa vigilância do detective Brikowski. Terá que encontrar uma forma genial de escapar com vida da confusão em que entrou..."

2011/08/16

Santiago de Compostela

Ontem fui a Santiago de Compostela, tão perto de cá mas onde não ia há mais de 15 anos. Desde logo, fui num mau dia, pois também lá era feriado mas, ao contrário do que cá acontece, muitas coisas estavam fechadas, não só no comércio como a nivel da cultura, por exemplo, os museus. A própria catedral estava fechada à hora a que lá cheguei durante a missa - dizia um pequeno cartaz A5 (!) na grande porta de entrada, mas sem indicar horários de abertura ou duração da interrupção...

Assim, apesar disso, é sempre uma viagem agradável para se fazer. Preferencialmente num dia de semana e fora das férias grandes... Foi assim uma visita estranha porque não pude ver tudo como pretendia.





Mas poder ver a praça do Obradoiro e a magnifica catedral de Santiago é já razão suficiente para lá ir.

Para além disso, foi engraçado saber que há tantas coisas em comum com Guimarães. Santiago, tal como Guimarães, é Património Mundial da UNESCO mas desde 1985, os caminhos de Santiago desde 1993 e foi ainda Capital Europeia da Cultura em 2000.






O seu centro histórico é também uma excelente amostra de arquitectura e artes medievais, renascentistas, barrocas e neo-classíicas. Bem como de obras modernas, das quais só tive oportunidade de ir ver (desta vez apenas pelo exterior) o Museu de Artes Modernas da autoria do "nosso" Siza Vieira.







Entretanto, reparei nalguns pormenores interessantes. Por exemplo, no centro histórico de Santiago de Compostela havia casas antigas recuperadas onde se utilizava de forma sóbria o alumínio ou o PVC, onde as coisas modernas convivem de forma natural e normal com o antigo - e este não deixa de ser quem é nem perde a sua forte identidade. São formas diferentes de abordar a recuperação do património edificado. Mas sujeitos, ao que sei, aos mesmo ditames e regras... apenas aplicados de forma diferente por quem analisa. Reparei também que no percurso que fiz (e no regresso ainda fui ver Sanxenxo onde nunca havia ido mas havia ouvido falar tantas vezes por tantos portugueses que lá foram) e não vi um único cartaz de propaganda à CEC2012. Talvez seja essa a razão porque ninguém, das pessoas a quem perguntei (bomba de gasolina, cafés, lojas,...) sabia da existência da CEC2012 - no máximo sabiam de uma CEC, talvez em San Sebastian, talvez em 2013, mas também sem grandes certezas...

Mas Santiago é, acima de tudo, uma cidade onde é bom nos perdermos para passear pelas ruas e arcadas sem destino nem rumo certo. Sendo que gostaria de ter tido mais tempo lá para poder ter feito mais alguns "rabiscos" no meu caderninho... Fica , por isso, prometida nova visita e com extensão à Corunha.

2011/08/12

O novo (ou remodelado) conselho de administração da FCG

Já há, finalmente, um novo conselho de administração para a governação da CEC. Novo, é como quem diz, pois 2 dos 5 anteriores membros mantêm-se no conselho, apenas entrando 3 novos nomes.



Assim, para além do já indigitado presidente do CA, João Serra, anterior n.º 2, foram ainda seleccionados Paulo Cruz (engenheiro civil, professor catedrático e presidente da Escola de Arquitectura da UM) e Rosa Amora como administradores executivos e ainda Fortunato Frederico (dono do grupo Kiaya) e mantendo-se Francisca Abreu (vereadora da cultura da CMG) com os cargos de administradores não executivos.

Algumas reflexões, por isso, são merecidas.

Sobre João Serra sou céptico, à partida. Desde logo porque se era o n.º 2 do anterior CA é em grande parte responsável por tudo o que de mal (e que é publicamente muito superior ao que de bem) se passa na FCG/CEC2012. Não me acredito que consiga inverter o curso da sua actuação, por mais que o seu discurso seja agora o oposto do que antes apoiava quando era vice de Cristina Azevedo.

Sobre Paulo Cruz, com quem me cruzei há 8 anos na UM num curso de especialização, tenho uma boa impressão académica. Desconheço, entretanto, o seu trabalho na Escola de Arquitectura, mas para um engenheiro civil presidir à mesma deve ter algo de especial... Em todo o caso, não lhe conheço intervenção, pensamento ou
dotes de político para este cargo de gestão política que vai desempenhar - não estou a dizer que não os tem, apenas que não os conheço. É uma incógnita. Acredito que se sair da presidência da Escola de Arquitectura e fizer um ano sabático reunirá condições, por conhecer até o tecido social da região, para cumprir a sua missão satisfatoriamente.

Sobre Rosa Amora, não a conheço. Dizem-me que veio "via" Jorge Sampaio (como veio João Serra, seu ex-chefe da casa civil), é licenciada em Direito, foi vice-presidente do IPPAR, mas que está ligada à área da saúde num hospital. Não percebo bem qual a ligação com a CEC, apenas a possível confiança pessoal do presidente do CA.

Sobre Francisca Abreu, que dizer? É vereadora da cultura sem o ser, porque a CMG industrializou esta área há muito tempo, entregando-a à Oficina, com o José Bastos a ser o principal artífice da cultura em Guimarães.

Por último, o nome mais estranho é o Frederico Fortunato, empresário e proprietário do grupo Kiaya. Que tempo terá este senhor para esta empreitada? E que capacidades de gestão cultural tem? Mesmo nas outras, deixo um texto de Camilo Lourenço no Jornal de Negócios para se perceber que tipo de empresário temos aqui. E não vou mais longe...

É, portanto, esta a equipa que vai dirigir a CEC2012. Mas não é só. Pois se os 3 mosqueteiros eram 4, os 5 administradores serão 6. Porque para além destas nomeações, foi ainda dado a conhecer que Carlos Martins, o pensador-mor da CEC2012, coordenador da programação está de volta com o cargo de Director Executivo - com bastante mais poder e competências do que dispunha anteriormente, ao coordenar, em articulação com as restantes direções operacionais da FCG, todo o processo de implementação da CEC: programa, pré-produção e produção, contratação, comunicação e movimento financeiro.

Assim sendo, será de esperar grandes alterações de execução do caminho trilhado até ao momento?

Sinceramente, apesar da entrevista de João Serra à Lusa a prometer inversão de rumo, não sou crente nisso. Não acho que a 4 meses e 3 semanas de iniciar a CEC2012 seja possível mudar muita coisa, incluíndo o espirito das mesmas pessoas que fizeram a CEC2012 que agora criticam implicitamente quando prometem mudar a forma e o relacionamento.

Para além disso, continuo a nada ouvir dos responsáveis sobre os resultados do que ficará da CEC2012: sobre o enfoque nos empregos e industrias (privadas) criadas por este certame, bem como nos custos de manutenção e de funcionamento das infraestruturas (públicas), zero! Sobre o que ficará das actividades culturais desenvolvidas durante 2012 para o futuro, também ainda estamos numa área nebulosa - por exemplo, o investimento na Plataforma das Artes só está garantido por um ano num protocolo com José de Guimarães, pelo que não havendo entendimento para renovação do mesmo, teremos um elefante branco inutilizado no centro da cidade...

Há, por isso, muito trabalho ainda a fazer, como diz João Serra. Só não sei é se teremos a mesma ideia do que será esse trabalho...

2011/08/10

CEC2012: Conferência Permanente de Cidadãos


Na passada semana, na sequência de um grupo que lancei no Facebook (para pressionar as entidades públicas no sentido de serem baixados os vencimentos dos novos dirigentes da CEC que iriam ser ainda anunciados) foi ampliado o seu objectivo e criado um novo grupo, não só no Facebook que é a sua expressão mais visivel neste momento, mas também de trabalho que se reuniu no passado dia 5 de Agosto e intitula-se de "Conferência Permanente de Cidadãos - Guimarães CEC2012".

Hoje o Público veio já dar destaque ao assunto, pois em pouco dias (4 dias, para ser correcto) o grupo tem já mais de 500 seguidores, incluindo pessoas relacionadas com a própria CEC2012, no que é mais flagrante o caso de Tom Fleming, programador da área "Cidade" da CEC2012.

É muito interessante que um jornal de referência nacional como o Público já venha olhar para o grupo. Porque, de facto, é diferente do habitual. Veja-se, desde logo, o objectivo principal:
"debate permanente sobre as opções e decorrências organizacionais, cívicas, estéticas e sociais da CEC Guimarães 2012, permitindo um escrutínio e uma deliberação publicas dos cidadãos sobre a Fundação Cidade de Guimarães e a CEC Guimarães 2012."


Este grupo de cidadãos não tem, por isso, interesse em constituir-se como associação, apenas quer escrutinar - porque a FCG nos seus estatutos não o prevê nem abre a porta a que outras estruturas o façam - a CEC2012.

Porque para dizer "ámen" já há gente que chegue, é preciso que haja "um escrutínio dos cidadãos antes uma instituição que não responde perante ninguém senão perante ela própria" pois, como bem colocou ainda o Francisco Teixeira a situação, "de onde vem a legitimidade democrática da FCG, que funciona quase exclusivamente com dinheiros públicos? Dado o seu estatuto jurídico, o CA da FCG responde apenas ao CG e este não responde a ninguém, uma vez que as entidades públicas lá presentes estão em minoria e não podem responsabilizar-se integralmente pelas decisões aí tomadas. Temos, então, que a FCG é virtualmente irresponsável, do ponto de vista político, sendo senhora de uma autarcia ilimitada, sem que, porém, (quase) nenhum do seu dinheiro devenha das suas actividades."

É isto que nos une, cidadãos de vários quadrantes políticos e profissionais, de Guimarães e de fora do concelho, nesta plataforma de cidadania activa. E todos são bem vindos.

2011/08/07

EN103

Hoje fui à praia (a primeira vez este ano, que diferença para Angola!) e esteve um dia fantástico.

Mas o que me agradou foi ter ido pela "velha" Estrada Nacional 103, graças às portagens na A28, pelo que pude recordar uma estrada que tem um trecho, entre os km's 8 e 15, que é dos mais bonitos que tenho memória: uma série de "túneis" de vegetação, árvores imponentes e talvez centenárias, que dão um ar bucólico àquele percurso que eu não fazia há, talvez, uns 10 anos. Mas esta estrada atravessa ainda o Gerês em direcção a Chaves e passa por Vinhais antes de chegar ao extremo NE do país.


Imagem da barragem da Caniçada desde a EN103

A EN103 é a estrada que liga o litoral, Neiva, a Trás-os-montes, em Bragança. As nossas estradas nacionais têm percursos por vezes fantásticos, lembro-me de há uns 6 ou 7 anos atrás ter ido até Almeida pelas estradas da beira-rio, ao subindo o Douro até Foz do Côa. Há tanto e tão bonito para ver em Portugal...

2011/08/06

Leituras [61] - O Império dos Espiões, de Rui Araújo



Terminei de ler este livro que, afinal, não era um romance como eu pensei que fosse quando comprei o livro.

Posto isto, não se enquadrou dentro dos meus gostos de literatura, pelo que foi uma leitura na "diagonal" que fiz do livro, uma série de factos históricos apresentados pelo jornalista como se fosse uma grande reportagem - ou melhor, sendo uma grande reportagem.

A parte mais interessante acabou por ser a história do espião Candido de Oliveira - esse mesmo, de quem amanhã se vai disputar a Supertaça de Portugal com o seu nome - e que durante os anos da II Grande Guerra Mundial esteve ao serviço dos ingleses aqui mesmo em Portugal, preparando trabalhos de sabotagem e contra-informação para o caso da Alemanha invadir Portugal - e pelo que li, a coisa não esteve assim tão longe de acontecer quanto isso - e tendo por isso mesmo chegado a estar preso em Portugal e no Tarrafal, com histórias de planos de fuga e tudo ao barulho. Diria que há ali bom material para se fazer um excelente livro de romance ficcional baseado em factos reais, para quem quiser enquadrar a história no Portugal dos anos 40.

No restante, não sendo o meu género apreciado de literatura, não me entusiasmou.

Sinopse:
"A espionagem em Portugal e nas colónias.
O Império dos Espiões é a história inédita e fascinante da actuação dos serviços secretos estrangeiros durante a Segunda Guerra Mundial em Portugal e nas antigas colónias ultramarinas. A neutralidade colaborante de Salazar não impediu os agentes alemães, italianos, britânicos e norte-americanos de conspirarem contra o regime e de conduzirem operações bélicas no nosso país, quer em Portugal continental, quer em Goa, Guiné ou Moçambique.
Muitos portugueses participaram nessa guerra secreta. Cândido de Oliveira, por exemplo, jornalista e desportista, foi o responsável de uma rede de sabotagem do Special Operations Executive britânico; Agostinho Lourenço colaborou com os serviços de informações alemães e foi utilizado pelos americanos numa vasta operação destinada a manipular a espionagem japonesa em Lisboa.
Acedendo a inúmeros documentos classificados, incluindo de arquivos militares estrangeiros, Rui Araújo, um dos autores portugueses mais credenciados em matéria de espionagem, revela ao leitor histórias impensáveis, personalidades surpreendentes e casos inéditos, tornando O Império dos Espiões numa obra obrigatória para conhecer melhor um período único da História de Portugal."

2011/08/03

Cátréle!



A Renault 4L faz hoje 50 anos que foi apresentada publicamente. Quem diria que aquele "patinho feio" (na imagem a publicidade de 1974) iria ser um sucesso comercial de tal forma que hoje é "só" o oitavo modelo mais vendido de sempre da história automóvel?

Nunca conduzi nenhuma, mas já andei em pelo menos 2, nos anos 80 e 90. E era um espectáculo aquele automovel. Aliás, uma das vezes que fui assistir ao rally de Portugal na zona de Fafe (gloriosos anos 80 e 90) foi exactamente à boleia de um colega na sua "cátréle"!

Um modelo fantástico, que ainda hoje é muito resistente - ainda há pouco tempo alguns portugueses foram a Dakar numa, 9 mil kilometros sem problemas de maior, resiste a desertos, montanhas, Verão, Inverno! Um clássico.

2011/08/01

Menos um sorvedouro, menos duas heranças socialistas

Num dia, matam-se duas heranças socialistas pesadas para os bolsos do Estado português, que é como quem diz, para os contribuintes. Finalmente!



Com a venda do BPN ao Banco BIC, por mais barato que tenho sido o valor arrecado, o Estado livra-se - finalmente! - deste sorvedouro que foi o BPN para os cofres nacionais, onde foram aplicados mais de 2 mil milhões de Euros sabe-se lá porquê! É melhor pouco recebido do que continuar a injectar muitos milhões lá... E é menos uma herança socialista, das más, muito más, que Sócrates deixou.



Já com a abolição da tradicional "borla" de Agosto na ponte 25 de Abril, o Estado poupa quase 50 milhões até 2019 (só num mês!) e mata outra herança ao fim de 15 anos. Não há, nunca houve, razões para esta "borla". Porque há praias em Lisboa, na linha do Estoril/Cascais. Não precisam de ir para o outro lado do Tejo para isso. Vai quem quer, quem quer, pague!

Hoje é um dia bom! Esteve bem o Governo, esteve bem Pedro Passos Coelho.

Editado às 21h00.