2012/12/31

Adeus, 2012

E que não regresses tão cedo, porque não deixas saudades.

No país, o que havia para correr mal, correu mesmo mal e nos piores momentos, corolário da Lei de Murphy! Nem vale a pena falar mais sobre o assunto...

O que fica de bom? Uma CEC2012 que, se não ajudou muito, pelo menos deu animo a quem esteve por Guimarães. O meu receio é a factura que, de certeza, vai aparecer em 2013...
O título do FC Porto que, qual relógio suíço  vai somando pontos, vitórias e títulos de forma consecutiva, ano após ano, afrontando os poderes centralistas lisboetas e atemorizando seguidores de outros clubes.
E o meu mestrado concluído na sua componente lectiva em Julho, deixando agora espaço para avançar para a dissertação, mas ficando desde já a pós-graduação despachada!

E houve saúde, pelo menos, mais crise de vesícula,  menos pingo do nariz... Foi fraco ano, mas passou-se. 366 dias depois, estou pronto para outro!

2012? Game over!

2012/12/28

O Porto, o Norte, o centralismo de Lisboa e os políticos

Alguns comentários sobre a sugestão de Paulo Rangel de se fazer "um 15 de Setembro conta o centralismo do Governo" na Avenida dos Aliados.

1. O Porto
Tem vindo a perder peso no Norte, quer porque os concelhos limítrofes se impuseram no seu estatuto de dormitórios atraindo imensa população, quer porque muitos dos principais representantes da cidade foram deslocalizados para outras zonas, nomeadamente para a capital, quer ainda porque o eixo Guimarães-Braga ganhou um enorme peso nos últimos 20 anos, metropolinizando-se (se é que existe este palavrão) e autonomizando-se em muitas das suas necessidades do Porto.
Mas o Porto sempre foi centralista no Norte, como se percebe desde a questão do Vinho do Porto - que é produzido no Alto Douro e armazenado em Gaia - até ao pouco interesse que tantas vezes demonstrou ter sobre o restante território nortenho, olhando mais para o restante território como extensões do que como outras partes importantes no todo.

2. O Norte
Não há norte político, apesar de haver um norte geográfico  um espaço mais ou menos bem delimitado da Galiza até aos municípios que fazem a encosta sul do Rio Douro. Mais, este norte, se bem explorado, poderá até incluir a própria Galiza, num renascimento do que foi a ideia do Eixo Atlantico do Noroeste Peninsular e que está, basicamente, moribundo.
A sua força poderia ser enorme se os municípios se soubessem unir e trabalhar em conjunto para esse fim. No entanto, é enviesado o sentido da coisa e todos se querem apropriar desta ideia de serem os líderes do norte e acharem que os vizinhos só estão na coisa para tirar vantagens sobre eles, para que esta grande região se ande a degladiar entre si apenas com o beneficio do centralismo de Lisboa.

3. O centralismo de Lisboa
É uma realidade, não há como contornar a questão. Desde há muito que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem para os Governos que centralizam o grosso do investimento na área da Capital, que procuram puxar para lá todos as iniciativas/entidades/organismos de algum sucesso fora de lá e que insistem em não olhar para o país como um todo.
Casos como o recente desejo de António Costa de levar para o Tejo a corrida de aviões da Red Bull (que movimentava cerca de 700 mil a um milhão de espectadores num fim de semana na zona ribeirinha do Douro) foi o último de muitos outros exemplos, que passam de sedes de empresas importantes até ao encerrar de delegações ministeriais no Norte e obrigação de deslocação a Lisboa para se tratar dos assuntos e, naquele que para mim é o mais grave dos centralismos: a condensação de grandes investimentos em Lisboa contra as migalhas do resto do país. Vejam-se os casos dos últimos grandes investimentos do Estado português: a rede de estradas (uma miríade de autoestradas, muitas ainda grátis, na zona de Lisboa, várias paralelas entre si, com obras de elevadíssimo valor de execução não só por causa do preço dos terrenos mas pela megalomania com que foram executadas), a Expo-98 (que poderia ter sido feita em muitos outros pontos do país) ou até o Euro-2004 onde Lisboa recebeu 2 estádios novos que juntos custaram quase tanto como os outros todos juntos).

4. Os políticos
Os do norte, hoje, não têm peso. Rui Rio perdeu-se em batalhas citadinas e não saiu do seu território, não aproveitou a credibilidade que tinha externamente e que conquistou pelo rigor e disciplina económicos que levou para a CM Porto para se impor. Menezes esteve sempre na peugada de Rui Rio, com um olho no país e outro na CM Porto. Aqueles que têm chegado ao Governo ao longo dos anos oriundos do Norte não têm sabido ser seus amigos e, quando chegam a Lisboa, rapidamente trocam os discursos pró-norte por práticas centralistas, beneficiando a região de Lisboa em detrimento do Norte.

5. Paulo Rangel
O ideia que Paulo Rangel desenvolve não é nova nem é má. Os motivos que aponta é que não são bons. Por causa de um programa de televisão? Por causa de uma administração da Casa da Música ter menos um milhão para gastar no próximo ano (quando lá fui vi milhares de Euros gastos em programas multicoloridos, livretos, tudo em papel grosso e caro e com elásticos a envolver, cheios de rócócós e coisas sem nexo onde se via que dinheiro ali, não faltava) ou por causa da privatização da ANA? Não faz sentido, isto é "non-sense", é "lana caprina" e não o fulcral, não o essencial, não os verdadeiros assuntos de estado que urge discutir e defender.

Em conclusão, a critica é, quanto a mim justa porque verdadeira, mais em relação ao Norte que ao Porto propriamente dito.
Mas os argumentos devem ser revistos, bem como a forma e o local onde a critica é feita.
Enquanto políticos como Paulo Rangel não perceberem que devem primeiro criar uma estrutura unida e forte no Norte, agregando outros políticos do Norte todo, agregando até a Galiza, agregando as ideias que o Norte tem e precisa de defender e só depois então embarcar nessas manifestações populistas que para resultarem devem, primeiro, ser sentidas pelas populações que nelas terão de dar corpo e voz, nunca iremos a lugar nenhum e continuaremos a ser um alvo fácil do centralismo de Lisboa que continua a dividir (o norte) para (melhor) reinar!

2012/12/22

É o fim...

...do fim do mundo!

Os EUA não bombardearam o Irão, o Irão não bombardeou Israel, Israel não bombardeou a Palestina, a Palestina não atirou pedras a Israel (bem, estes dois últimos factos estão sujeitos a confirmação...) e não houve meteoritos, tsunamis, vulcões e terramotos devastadores, os aliens não apareceram na Terra. O Benfica continua a ganhar campeonatos na Playstation, o Sporting continua a não ganhar (bem, para eles esta época tem sido o fim do mundo) e o Pinto da Costa continua a ter o cadastro limpo... O Marcelo não se candidata a Lisboa (logo Cristo não desce à terra) e o Governo não caiu. A TAP não foi privatizada, mas também ainda não faliu. A CP continua com as greves intermináveis (e a CP ainda não faliu) e os estivadores de Lisboa continuam de férias (há quem diga que é greve, mas como o Porto de Lisboa ainda não faliu, estou em crer que são férias).

Tudo segue o seu decurso normal nestes tempos anormais.

Nenhum acontecimento anormal aconteceu... a não ser o mundo que não acabou!

Ficou o mundo que não acabou. E ficaram os humanos que, esses sim, tudo têm feito para acabar com o mundo. E agora, alguém sabe quando é que o mundo acaba outra vez?

2012/12/21

Apocalipse

Parece que hoje. Não se sabe bem é se no horário do México... pelo menos, aqui em Portugal, há 45 minutos que estamos em 21 de Dezembro e o mundo cá se aguenta...

Acho que vou sobreviver a mais uma catástrofe natural...

2012/12/12

12-12-12, 12h12

Parece que só daqui a 89 anos haverá um ano, mês e dia com o mesmo digito. Será a 1-1-1, isto é, a 1 de Janeiro de 2101. Desconfio que já cá não estarei, mas deixo aqui a ideia na net. ;)

E fazê-lo às 12 horas e 12 minutos torna a coisa ainda mais simbólica. Só porque sim...

2012/12/10

Do Nóbel da Paz à UE

Apesar de alguma contestação de uma certa esquerda ideologicamente preconceituosa contra o projecto de unificação europeia que manteve o continente europeu sem guerras desde 1945, achando que alguns arrufos que eles próprios andam a provocar em alguns países que enfrentam algumas crises financeiras são o suficiente para não haver paz, é muito justo que a União Europeia seja premiada.

E, para nós portugueses, deveria ser motivo de orgulho que seja um português a presidir à mesma neste momento em o Nobel é entregue, conseguindo até (que ninguém duvide que foi Durão Barroso a conseguir) fosse um grupo português a tocar uma peça de Marceneiro reinventada de forma moderna e interpretada brilhantemente em português.

A União Europeia conseguiu diminuir o fosso entre ricos e pobres na Europa (pensem no que eram os países pobres em meados do século XX e o que eram os países ricos, e o que ambos são hoje), conseguiu terminar com os desejos de hegemonia militar que grassaram o centro da Europa desde os inícios do século XX até aos seus meados, conseguiu ser uma "arma" excelente contra a guerra fria que ameaçou a paz não só na Europa, como no mundo, e conseguiu evitar que o comunismo avançasse pela Europa dentro e ainda "conquistou" a democracia para os países que sob o jugo da velha URSS caíram com o peso do muro derrubado de Berlim. Se calhar é por estas duas últimas razões que a tal esquerda preconceituosa não gostou deste prémio Nobel da Paz atribuído à UE...

É, por isso, justo o prémio, muito justo!
Se hoje vivemos numa Europa de liberdade, de facilidade de circulação, de desmilitarização constante, de maior atenção ao social e à sociedade - isso deve-se ao projecto da União Europeia não só como ela é hoje, mas também das suas diversas etapas que atravessou (CEE, Benelux). É muito bom viver numa Europa que está em paz desde 1945, ou seja, 67 anos de paz - talvez o maior período de paz no nosso continente desde o Renascimento...
E foi ainda com muito orgulho que vi portugueses como protagonistas da cerimónia.

2012/12/07

O que tu queres sei eu... [VI]

Seguro admite exigir eleições antecipadas!

Pois admite... é que se não houver eleições antecipadas, ele nem sequer chega a ser candidato nas eleições legislativas porque antes delas ele ainda tem de ganhar as directas no seu partido e o António Costa anda a fazer-se ao cargo...

Pois, pois... o que tu queres sei eu...

2012/12/06

RIP Óscar Niemeyer, 1907.12.15 - 2012.12.06

A vida pode ser um LONGO sopro.

Niemeyer, 104 anos, a 9 dias de completar os 105, partiu.

Trabalhou, no seu atelier, quase até ao fim dos seus dias. A obra fantástica que legou à humanidade ficou, para sempre, Brasília (na foto ainda em obra) a sua marca maior.

Obrigado.

2012/12/05

O Futuro somos nós. E começa já no Outono de 2013!

O PSD de Guimarães organizou o seu já tradicional convívio de Briteiros, onde anualmente se reúne para confraternizar e conviver com os seus militantes e simpatizantes.

Normalmente estão presentes cerca de 200 a 300 pessoas.

Mas não este ano.

Porque este ano elevou-se a fasquia e atingiu-se o patamar do meio milhar de pessoas, motivadas que estão com a apresentação da candidatura de André Coelho Lima à presidência da Câmara Municipal de Guimarães. E foi com a presença também do CDS, o parceiro da coligação "Juntos por Guimarães" que o recinto da Quinta do Forno foi pequeno para acolher todos aqueles que quiseram naquela tarde confraternizar e comemorar o lançamento da candidatura.

Fica um video-resumo do discursos, para poderem partilhar também:

2012/12/04

Camarate, 32 anos depois

O assassino de Francisco Sá Carneiro aconteceu há 32 anos atrás. Poderia ser hoje outro o Portugal que temos. Infelizmente, de propósito ou como "dano colateral", não deixaram Sá Carneiro continuar o seu Governo e a sua Vida dedicada à causa pública, à Democracia, a Portugal.


Nota final para um dos seus maiores adversário políticos. Hoje mesmo, dia dos 32 anos do seu assassinato, escreveu no DN uma crónica que demonstra bem a sua baixeza política: nem uma palavra sobre o assunto, antes deixa um aviso (ou ameaça?) ao actual primeiro-ministro, "Tenha, pois, cuidado com o que lhe possa acontecer. Com o povo desesperado e, em grande parte, na miséria corre imensos riscos." É isto que distingue o grande Homem que foi Sá Carneiro, como se vê no vídeo acima, dos pequenos políticos e politiquices que outros promovem ainda nos dias de hoje.